domingo, 12 de maio de 2013

A PADARIA DOS PÃES E DA PUTARIA



Desde os tempos mais distantes, nas cidades médias e grandes, há sempre lugares, chamados de boca do lixo; onde existe a concentração prostitutas de rua, muitos barzinhos, botecos, malandros, cachaceiros. Regiões como cais de portos, rodoviárias antigas, lugares abandonados pelo poder público.
No bairro onde moro Santo Amaro-SP, próximo a marginal do rio pinheiros; há uma quarteirão da avenida que é meio bagunçado; tem uma enorme plataforma de onibus  urbano e na esquina uma antiga padaria surreal.
Nesta padaria, há um pateo/varanda com muitas mesas e cadeiras. Entre as duas portas de entrada e saída; existe uma máquina de música que toca muito forró, sertanejo ,música de zona, e por aí vai, (o som é muito potente). O gosto é pra lá de duvidoso.
Não tenho certeza – mas tenho a impressão de que eles funcionam 24 horas. Acreditem servem até almoço. Nos finais de semana, véspera  de feriado, mal dá para passar pelo pateo e ir comprar pão, leite, refri, ou 100 gramas de mussarela. Os frequentadores são tantos... tantos dançam forró, gritam bebem muiiiito.
Quanto aos frequentadores, são do tipo que descrevi no início do texto, peãozada trabalhadora, uma mulherada, (que dispensa comentários); como diria o personagem Caco  Amtibes, é a visão do inferno.
Um dia ouvi dois colegas comentando:
- Meu essa padaria é estranha, parece uma padaria dividida.
Do lado de fora, camelos vendem cds pirata, churrasquinho, milho cozido, bugigangas e o diabo. A definição do rapaz é perfeita. O lugar é surreal.
Amauri da Silva/editor – março/2013.




Nenhum comentário:

Postar um comentário