Desde os
tempos mais distantes, nas cidades médias e grandes, há sempre lugares,
chamados de boca do lixo; onde existe a concentração prostitutas de rua, muitos
barzinhos, botecos, malandros, cachaceiros. Regiões como cais de portos,
rodoviárias antigas, lugares abandonados pelo poder público.
No bairro
onde moro Santo Amaro-SP, próximo a marginal do rio pinheiros; há uma
quarteirão da avenida que é meio bagunçado; tem uma enorme plataforma de onibus
urbano e na esquina uma antiga padaria
surreal.
Nesta
padaria, há um pateo/varanda com muitas mesas e cadeiras. Entre as duas portas
de entrada e saída; existe uma máquina de música que toca muito forró,
sertanejo ,música de zona, e por aí vai, (o som é muito potente). O gosto é pra
lá de duvidoso.
Não tenho
certeza – mas tenho a impressão de que eles funcionam 24 horas. Acreditem
servem até almoço. Nos finais de semana, véspera de feriado, mal dá para passar pelo pateo e
ir comprar pão, leite, refri, ou 100 gramas de mussarela. Os frequentadores são
tantos... tantos dançam forró, gritam bebem muiiiito.
Quanto aos
frequentadores, são do tipo que descrevi no início do texto, peãozada
trabalhadora, uma mulherada, (que dispensa comentários); como diria o
personagem Caco Amtibes, é a visão do
inferno.
Um dia ouvi
dois colegas comentando:
- Meu essa
padaria é estranha, parece uma padaria dividida.
Do lado de
fora, camelos vendem cds pirata, churrasquinho, milho cozido, bugigangas e o
diabo. A definição do rapaz é perfeita. O lugar é surreal.
Amauri da
Silva/editor – março/2013.
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